Alunos da Escola Municipal Clara Zomkowski aprendem mais sobre a Araucária.
Joaçaba – Os alunos do primeiro ano e do Pré III da Escola Municipal Clara Zomkowski, aproveitando a época das festas juninas estão estudando sobre uma importante planta da fauna brasileira, o Pinheiro Araucária ou Pinheiro do Paraná como também é conhecido.
Sabe-se que o pinhão, semente do pinheiro não pode faltar em uma festa junina. Com o objetivo de preservação da espécie e do ambiente que as professoras Zélia e Martha levaram os alunos para ver de perto e observar com mais atenção plantas desta espécie. Para dar seqüência ao trabalho será realizada uma visita no Parque Municipal do Vale do Rio do Peixe no próximo dia 18/06/09.
O pinheiro-do-paraná (Araucária angustifolia) ou pinheiro-brasileiro é a única espécie do gênero Araucária encontrada no Brasil. É uma planta dióica, sendo assim, apresenta os gêneros masculino e feminino em indivíduos separados.
É uma árvore cuja ocorrência nomeou extensa formação nos estados do sul do Brasil, e está hoje ameaçada de extinção. É a árvore símbolo do estado do Paraná, das cidades de Curitiba e Araucária, das localidades paulistas de Campos do Jordão e São Carlos.
Suas sementes, os pinhões, eram importantes na alimentação indígena e ainda hoje são iguarias que inspiram muitas receitas. Medem cerca de quinze milímetros de largura na parte mais larga e cerca de dez centímetros de comprimento. As pinhas pesam vários quilogramas e podem atingir o diâmetro de cerca de trinta centímetros.
A Araucária angustifolia é uma árvore útil: pode-se dizer que tudo nela é aproveitável, desde a amêndoa, no interior dos pinhões, até a resina que, destilada fornece alcatrão, óleos diversos, terebintina e breu, para variadas aplicações industriais. As sementes são ricas em amido, proteínas e gorduras, constituindo um alimento bastante nutritivo. É comum ver bandos de pássaros, principalmente periquitos e papagaios, pousados nos galhos das araucárias, bicando as amêndoas. É também costume alimentar os porcos com pinhões, hábito bem comum no sul do País. Mas é a madeira que reúne maior variedade de aplicações. Em construção, já foi usada para forros, assoalhos, e vigas. Vastas áreas de pinheirais foram cultivadas exclusivamente para a confecção de caixas e palitos de fósforos. E a madeira serviu até como mastros em embarcações. Em aplicações rústicas, os galhos eram apenas descascados e polidos, transformando-se em cabos de ferramentas agrícolas.
Segundo as professoras Zélia e Martha , responsáveis pelo estudo, esta semente apresenta um valioso teor nutricional. Tanto que era a principal fonte de alimentação de algumas tribos indígenas do sul do Brasil. Sua polpa é formada basicamente de amido, sendo muito rica em vitaminas do complexo B, cálcio, fósforo e proteínas. E antes de falarmos desta semente e sua bela árvore, vale lembrar que a melhor maneira de aproveitar todas as deliciosas potencialidades do pinhão é saber prepará-lo. Pelo menos um ingrediente é indispensável: a paciência. Deixe-o cozinhar lentamente, para que a casca se abra e libere todas as suas qualidades de aroma e sabor.