CERT desenvolve projeto em história – “Recontando a História”.

Terra de tesouros e mistérios. E de maldições para quem ouse profanar os túmulos de reis que viveram há milênios. É essa a imagem do Egito popularizada em filmes de Hollywood como A Múmia e O Retorno da Múmia. Eles são exemplo do fascínio que aquela antiga civilização egípcia ainda desperta no imaginário popular. Com certeza, filmes desse tipo levam muitos jovens a sonhar com a carreira de arqueólogo.No entanto, o Egito foi bem mais que tumbas. Sua civilização era uma das mais sofisticadas da Antigüidade.

A história do Egito antigo é enorme: começa por volta de 4500 a.C., quando surgem as primeiras comunidades agrícolas, e termina em 641 d.C., quando os árabes conquistaram a região e converteram seus habitantes à religião muçulmana.

A disciplina de história na escola proporciona aos alunos conhecer os fatos e os povos do passado, bem como a cultura, que contribuíram para a transformação da sociedade. Os cenários que se apresentam são fascinantes e repletos de acontecimentos surpreendentes. 

E com esse objetivo a professora Ana Mara, desenvolveu um projeto, chamado “Recontando a História”, com os alunos das 5as séries do CERT – Centro Educacional Roberto Trompowski. O tema abordado foi a história do povo egípcio. Que acreditam na imortalidade da alma e no seu retorno ao mesmo corpo. “Essa crença levou-os a desenvolver técnicas para conservar os corpos, dentre elas, a mais sofisticada foi a mumificação, um processo de valor elevado, acessível apenas aos nobres”, diz. “Nessa atividade, propomos aos alunos a interação com o assunto, onde eles tentaram reproduzir a técnica com papel, a fim de entender a conservação dos corpos”, completa. 

Ainda de acordo com Ana Mara, quando se trabalha a História em sala de aula, “esta se mostra muito mais interessante e desperta com facilidade a curiosidade dos alunos, quando consegue-se promover a interação do aprendiz com os conteúdos trabalhados, fazendo-os desse modo, aproximarem-se dos fatos históricos e sentirem-se como personagens dos diversos “mundos” que lhes são apresentados”, diz. 

O que é Mumificação. 

Os egípcios acreditavam que preservar o corpo era necessário para o espírito sobreviver após a morte. No início, a mumificação era muito cara, sendo reservada apenas aos faraós e outros nobres. A partir da 18ª dinastia (1570-1304 a.C.), o costume estendeu-se ao resto da população.Os embalsamadores tinham conhecimentos de anatomia e medicina.

O processo era complicado e levava 70 dias:

1) Primeiro, extraíam-se o cérebro, as vísceras e todos os órgãos internos, para colocá-los em quatro vasos.

2) Depois, desidratava-se o corpo com várias resinas (entre elas o natrão, um composto de sódio).

3) Por fim, depois de 40 dias, ele era enfaixado com bandagens embebidas em óleos aromáticos.