Educação de Joaçaba desenvolve projeto com alunos que transforma emoções em expressão artística

O projeto pedagógico “A Revolta Virou Arte” surgiu com o objetivo de proporcionar um ambiente acolhedor e criativo para que crianças e adolescentes pudessem expressar suas emoções, dificuldades pessoais e interpessoais por meio da arte. Idealizado e aplicado pela arte educadora Caroline Brunoni, e com o suporte técnico da psicóloga Ana Paula Mantovani, o projeto foi viabilizado pela Secretaria Municipal de Educação e foram atendidos estudantes de três escolas municipais.

Ao longo do trabalho, cerca de 40 alunos, de diferentes faixas etárias, participaram de encontros semanais, nos quais foram estimulados a explorar diversas técnicas artísticas, como modelagem, pintura, desenho, teatro, confecção de bonecos e montagem de cenários. O objetivo principal era permitir que os participantes trouxessem para as criações artísticas seus próprios desafios emocionais, sejam relacionados a conflitos internos ou interpessoais. A ideia era que, ao dar forma a essas dificuldades, os alunos passassem a entender melhor seus sentimentos, nomeando emoções que antes eram difíceis de expressar.

A importância das competências socioemocionais tem sido cada vez mais reconhecida, tanto por estudiosos quanto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que defende o desenvolvimento da habilidade de identificar e lidar com as próprias emoções. Neste contexto, o projeto “A Revolta Virou Arte” se destaca como uma ferramenta pedagógica valiosa para o autoconhecimento e a regulação emocional. A arte, como meio de expressão, contribui para o desenvolvimento da empatia, ajudando os alunos a se colocarem no lugar do outro, além de fortalecer a autoestima e melhorar a confiança em suas próprias habilidades.

De acordo com a idealizadora do projeto, Caroline Brunoni, através das atividades artísticas, as crianças começaram a acolher suas emoções e buscar formas de lidar com elas. Muitos passaram a se entender melhor e a resolver conflitos de maneira mais empática. “A transformação dos estudantes foi visível não apenas no campo emocional, mas também nas relações interpessoais, que melhoraram à medida que os alunos se tornaram mais seguros de si e mais sensíveis ao próximo. O projeto não só contribuiu para o fortalecimento do desenvolvimento emocional das crianças, mas também para uma abordagem de educação integral, que leva em consideração vários os aspectos da vida do estudante, desde os cognitivos aos socioemocionais, uma vez que um fator interfere no desenvolvimento do outro”, falou Caroline.